O telespectador despersonificado,
jaz como a matéria humana que é.
Poupado do dessabor do perecimento,
transfere aos outros,
as memórias da lucidez.
Estes a guardam,
com o apego da esperança.
Contagiada, faço de mim
vítima tal
desta cruel quimera.
No balançar da cadeira, estridente,
o corpo se move, absorto.
Ele apenas vê a beleza das cores que dançam,
pleno por não mais entendê-las.